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Em uma pequenina cidade onde as casas tinham telhados coloridos e as ruas eram perfumadas com o aroma de flores silvestres, vivia uma menina muito corajosa chamada Lili. Ela tinha cachos reluzentes como o sol do meio-dia e olhos tão expressivos que pareciam contar histórias apenas com um olhar.
Lili adorava aventuras e tinha uma missão especial todas as noites: proteger a cidade enquanto todos dormiam. Ela imaginava ser uma super-heroína com uma capa cor de arco-íris, zelando pelo sono tranquilo de seus amiguinhos e vizinhos.
Mas pegar em sono se tornou uma tarefa muito difícil para Lili, pois ela acreditava que se piscasse os olhos por um segundo sequer, algo ruim poderia acontecer à sua amada cidade.
Sua mãe, uma gentil senhora com cabelos da cor da prata lunar, contava-lhe histórias de coragem e paz todas as noites, na tentativa de conduzi-la ao mundo dos sonhos.
Certa noite, enquanto Lili lutava contra o sono, seu amiguinho peludo, Totó, um cachorrinho com o pêlo macio e manchas pretas e brancas, latiu baixinho como se quisesse dizer algo.
'Lili, por que não dormes? Até heróis precisam descansar,' disse Totó com um olhinho semi-fechado. Os animais de estimação em sua cidade eram muito especiais e podiam falar aos seus donos com um amor que transbordava em cada palavra.
'Totó, eu preciso vigiar nossa casa e nossa rua. E se um monstro aparecer? Ou se uma árvore decidir passear e se perder?' Lili perguntou com uma ansiedade brilhantes em seus olhos.
Totó, com um pequeno bocejo, replicou, 'Oh Lili, mas não vês que o teu sono é o teu escudo? É dormindo que cresces forte e saudável para enfrentar qualquer peripécia que possa surgir!'
Foi então que a Lua, sempre atenta lá do alto, decidiu intervir. Ela desceu suavemente até a janela de Lili e disse com voz calma e envolvente, 'Minha querida Lili, tu és mais corajosa do que imaginas. Mas até a Lua precisa se esconder para que possa brilhar de novo. É o descanso que te dá forças para amanhã seres a protetora que tanto desejas ser.'
Lili olhou para Totó, depois para a Lua, e entendeu que ambos tinham razão. Ela abraçou o seu amiguinho peludo, agradecendo-lhe por cuidar dela. Assentindo enigmaticamente, Lili se aconchegou no cobertor, fechando os olhos lentamente, e foi conduzida ao mundo dos sonhos, onde brincou com as estrelas e planou sobre nuvens de algodão doce.
A cidade estava em completa paz e, como algo mágico e inesperado, todos os moradores sentiram uma onda de tranquilidade e alegria quando Lili decidiu dormir, como se ela, ao abraçar o sono, enchesse a cidade inteira com um escudo invisível de coragem e amor.
Ao acordar, Lili sentiu-se mais forte e revigorada. Percebeu que Totó e a Lua estavam certos: só crescia e tornava-se mais corajosa quando dava ao seu corpo o descanso que merecia. E com um sorriso no rosto, ela saiu para brincar sob o olhar amoroso do sol, prometendo sempre lembrar-se que mesmo uma pequena heroína precisa do seu sono superpoderoso.