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Gael e o Gol da Coragem

tisseo

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Gael e o Gol da Coragem

tisseo

Era uma cidade cheia de cor e alegria, onde cada criança tinha um sonho a brilhar nos olhos. Mas ninguém sonhava tão alto quanto Gael, um garoto de cabelos pretos e arrepiados, e uma paixão que lhe aquecia o coração: o futebol. Gael poderia passar horas treinando chutes e dribles, imaginando-se um grande jogador.

O que muitos não sabiam é que, quando o sol se punha, e a lua brincava de esconde-esconde entre as nuvens, Gael transformava-se. Sua sombra se alongava, e ele vestia o manto da coragem para se tornar o Super Drible, o super-herói que defendia as crianças e seus sonhos na calada da noite.

Em uma tarde ensolarada, no calor do campo de terra batida, Gael estava jogando uma partida emocionante com seus amigos. Havia Lila, a ágil goleira de reflexos felinos; Rodrigo, o zagueiro intransponível, e Clara, a meio-campista com uma visão de jogo incrível. Juntos, faziam a bola dançar pelos seus pés.

'Gael, passa aqui!', gritou Clara, se desmarcando. Com um sorriso, Gael fez um passe perfeito, e juntos, marcaram um gol que mais parecia poesia. Mas, assim que comemoravam, algo quebrou a harmonia do jogo: uma fumaça escura começou a emergir de uma das casas vizinhas ao campo.

Sem hesitar, Gael sabia o que fazer. Discretamente, ele saiu debaixo das arquibancadas, correu para um local escondido e vestiu seu manto de super-herói. 'Hora de salvar o dia!', sussurrou com determinação o Super Drible, saltando por entre os becos chegando rapidamente ao local do problema.

Com uma agilidade impressionante, o Super Drible adentrou a casa enevoada e resgatou um filhote de cão preso sob a mesa da cozinha. A fumaça era apenas sessa de uma panela no fogo, mas para aquele pequeno ser aflito, era um dragão a ser vencido. O filhote lambeu o rosto do Super Drible como agradecimento, e o herói devolveu-o aos braços da Sra. Rosa, a dona preocupada.

As cores do pôr do sol tingiam o céu quando Gael voltou, com a habilidade de um verdadeiro craque, sem ele os amigos não conseguiam fazer gol. 'Onde você estava? Quase teve incêndio, viu?', perguntou Lila, reparando em sua ausência. Gael apenas sorriu e respondeu, 'Estava ajudando um amiguinho em outra partida importante.'

E assim, o jogo continuou e, entre passes e risadas, uma lição permaneceu: o verdadeiro poder de um herói está no coração valente, na vontade de ajudar, sem esperar reconhecimento ou aplausos. No final, Gael, nosso Super Drible, sempre soube que ajudar as pessoas é o maior super poder que podemos ter.

Quando o último apito ecoou, e cada criança seguiu seu caminho para casa, Gael olhou para o céu estrelado sabendo que, seja com a bola nos pés ou com o manto da coragem, cada dia era uma nova chance de fazer a diferença. E quem sabe, talvez um dia, revelaria a todos o segredo por trás de sua habilidade especial, que não estava só nos pés, mas em cada gesto de amor ao próximo.