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Era uma vez, numa aldeia pequenina rodeada de campos verdejantes e lagos azul-celeste, uma menina do cabelo encaracolado chamada Lua. Ela era uma criança alegre que amava o calor do sol e o canto dos pássaros durante o dia. No entanto, a Lua não gostava nem um pouquinho da noite, pois achava que dormir era uma grande perda de tempo!

Numa tarde dourada de verão, enquanto brincava junto aos girassóis que dançavam ao sopro da brisa, Lua encontrou um gatinho branco como a neve que não parecia ter dono. 'Oi, gatinho! Mais você não é a coisa mais fofa? Como você se chama?' perguntou Lua, fazendo carinho no seu pelo macio. O gatinho deu um miado suave e rodopiou alegremente ao seu redor, como se dissesse: 'Vem brincar comigo!'

Lua seguiu o pequeno gato numa aventura até a beirada do lago onde, para sua surpresa, juntou-se a eles um patinho amarelo e um coelho de longas orelhas. Todos pareciam ter muito em comum, especialmente um amor incondicional pelo grande e brilhante sol do dia. Lua falou sobre como amava nadar nas águas do lago sob o céu azul, e seus novos amiguinhos animais concordaram balançando a cabeça e fazendo sons de felicidade.

Conversa vai, conversa vem, o gatinho confidenciou a Lua sobre um lugar secreto chamado Reino do Nunca-Dorme, onde o sol jamais se punha e as crianças podiam brincar dia e noite. Os olhos de Lua brilharam com entusiasmo. 'Podemos ir lá?!' ela exclamou. Os animaizinhos assentiram, e junto deles, Lua partiu numa caminhada colorida e cheia de risadas rumo ao seu sonho de nunca ter que dormir.

Quando chegaram, Lua ficou encantada com as brincadeiras sem fim e os pastéis que voavam pelos ares, mas logo suas pálpebras começaram a pesar e um incessável bocejo tomou sua boca. Os animais, notando o cansaço de Lua, lembraram-na de como a noite também tinha suas belezas e era importante para descansar.

Naquela noite, Lua viu um firmamento repleto de estrelas e a opaca e cálida luz da lua cheia pela primeira vez. Ensinaram-lhe sobre as constelações e as fascinantes histórias que elas escondiam. A menina do cabelo encaracolado sentiu um calor suave envolver seu coração. 'Talvez,' pensou Lua, 'eu possa gostar da noite tanto quanto do dia.'

Lua voltou para casa com seus novos amigos sob a luz das estrelas, onde foi recebida com um caloroso abraço de pelúcia de seus pais. Naquela noite, ela sonhou com o Reino do Nunca-Dorme, mas também com as belas melodias noturnas e o aconchego de seu quarto tranquilo. A Lua havia aprendido que cada pedacinho de tempo tem seus encantos e que dormir lhe dava forças para aproveitar a aventura do dia seguinte, com ainda mais emoção.